REUNIÕES
PEDAGÓGICAS
Roseni
Lessa Lopes[1]
Ana
Fausta Borghetti²
RESUMO
Esse artigo foi elaborado com base nas observações de
reuniões pedagógicas realizadas em duas escolas da rede pública do Litoral
Norte. Uma estadual localizada no município de Osório e outra municipal,
localizada no município de Tramandaí.
Durante a observação foi investigado se as reuniões de escolas
públicas são momentos de estudo, discussão e reflexão sobre a prática
pedagógica, foi observado como são organizadas as reuniões em relação; procuramos
identificar momentos de estudos coletivos nas reuniões pedagógicas e
averiguáramos se havia a existência de momentos de debates reflexivos sobre a
prática educativa.
PALAVRAS-CHAVE
Reuniões pedagógicas. Práticas
pedagógicas.
INTRODUÇÃO
Pensar sobre a forma como são elaboradas as reuniões pedagógicas
nas escolas é uma temática relevante, já que esse momento tem grande
importância para o trabalho pedagógico podendo qualificar a prática docente e
diminuir com processos de fragmentação do saber. É no momento das reuniões que
professores podem promover espaços de troca de saberes, experiências, falar de
seu trabalho, aprender pela prática educativa no coletivo. Esse momento pode
romper com processos de alienação e fragmentação do conhecimento, tantas vezes
discutidos por tratar o saber como forma segmentada.
Nesse trabalho colaborativo entre professores, alunos e gestão
escolar é possível atribuir mecanismos para a reflexão, estudo e aproximação
entre a teoria e a prática numa ação que contempla o pensamento crítico e
reflexivo.
O formato das reuniões pedagógicas apresentados nas escolas têm
deixado alguns questionamentos quanto ao seu andamento. São momentos que podem
ser pensados a partir da produção de conhecimento e do estudo coletivo, contudo
às vezes são temas deixados de lado. Esses encontros são momentos muito
importantes para o funcionamento da escola, tratando-se de ocasiões em que os
professores podem falar de suas angústias, de sua ação docente, espaço onde se
pode discutir de forma coletiva com vistas a qualificar o trabalho do
professor, agregando qualidade a prática educativa.
Esse artigo fundamenta-se com base nessas questões, que são de
extrema relevância para a ação do professor, para a produção de conhecimento,
para a formação continuada, para a qualificação do professor e para a
consolidação de uma educação de qualidade.
As reuniões pedagógicas deveriam constituir um momento de aprendizagem
para os professores, mas geralmente se voltam para recados, avisos e
organização de espaço e apresentações decorrentes de datas comemorativas. Questões de aprendizagem
devem ser temas constantemente debatidos nas reuniões escolares, para que esse momento
seja mais um instrumento de contribuição no processo de ensino e aprendizagem.
Esses
períodos podem contribuir para formação do professor, vale salientar que é na
relação com os colegas que professores podem pensar suas práticas num momento
de reflexão, fundamentação e construção teórica. Essas questões são de extrema
relevância para a ação docente, devendo tornar-se uma prática cotidiana nas
escolas.
Durante a realização desse trabalho objetivou-se investigar se
as reuniões de escolas públicas são momentos de estudo, discussão e reflexão
sobre a prática pedagógica, observar como são organizadas as reuniões em
relação a situações de aprendizagem, identificar momentos de estudos coletivos
nesses encontros e averiguar momentos de debates reflexivos sobre a prática
educativa.
REFERENCIAL TEÓRICO
As reuniões pedagógicas têm a função de
proporcionar aos professores momentos de trocas de experiências, angústias e
saberes. Nem sempre esses são momentos proporcionados aos professores que
muitas vezes precisam dividir esse espaço com assuntos burocráticos e recados.
A reunião pedagógica deve ser um momento de partilha para que se possa buscar a
aproximação entre a teoria e a prática, rompendo com processos de rupturas na
educação. Dessa forma, Libâneo salienta que:
[...] uma prática reflexiva - nas
reuniões pedagógicas, nas entrevistas com a coordenação pedagógica, nos cursos
de aperfeiçoamento, nos conselhos de classe e etc. – leva a uma relação ativa e não queixosa com os problemas e dificuldades. (LIBÂNEO, 2001 p 190)
É nessa relação de troca de saberes e
experiências que é possível efetivar a prática docente e a construção do
professor em momentos de estudos e debates que acontecem no coletivo.
Vasconcellos afirma que
devemos considerar que o trabalho do
professor tem uma dimensão essencialmente coletiva: não é o único que atua na
escola e o que faz não é para si, já que presta um serviço a comunidade. Além
disto, o sujeito isolado, lutando por uma nova ideia, não vai muito longe. A
reunião semanal é um momento especial para o resgate deste coletivo.
(VASCONCELLOS, 2006 p 120)
É no momento das reuniões que professores podem
estabelecer suas parcerias, trocar e qualificar suas ideias, agregando
experiências dos outros e formando seu grupo de trabalho. Ter essa visão do
trabalho coletivo é importante para que a troca aconteça efetivamente. É nesse
momento que o trabalho do coordenador possui extrema importância, já que ele
tem a função de articular saberes da prática dos professores com conhecimento
teórico, criando oportunidade de debate e reflexão, aproximando teoria e
prática. Quanto ao trabalho do coordenador pedagógico, Libâneo ressalta que
seu trabalho está a serviço das pessoas
e da organização, requerendo deles uma formação específica para buscar soluções
para os problemas, saber coordenar o trabalho conjunto, discutir e avaliar a
prática, assessorar e prestar apoio logístico aos professores na sala de aula.
(LIBÂNEO, 2001 p 181)
Além de criar um ambiente propício ao estudo e a resolução de problemas
o trabalho do coordenador pedagógico deve envolver-se profundamente com
questões de aprendizagem, a fim de que se possa promovê-la. Para o pesquisador
e escritor Libâneo (2001) a prática do coordenador pedagógico deve acontecer de
maneira que possa haver troca e situações de reflexão e investigação sobre o
trabalho docente. Nesse sentido, Libâneo
colabora ao dizer que
a coordenação pedagógica tem como
principal atribuição a assistência pedagógico-didática aos professores, para se
chegar a uma situação ideal de qualidade de ensino (considerando o ideal e o
possível), auxiliando-os a conceber, construir e administrar situações de
aprendizagem adequadas às necessidades educacionais dos alunos (LIBÂNEO, 2001p
183.
O trabalho do coordenador nas reuniões deve
priorizar questões de aprendizagem, das dificuldades encontradas pelo professor
na sua ação. Colaborar com os professores, para que possam buscar, na medida do
possível, ações para as dificuldades encontradas, pensando ações de
aprendizagem, de avaliação, currículos e tudo aquilo que constitui a essência
da escola.
As reuniões pedagógicas devem acontecer
periodicamente, nesses encontros os professores e a coordenação podem abordar
questões necessárias ao andamento da escola, como a passagem de recados e a
organização de eventos escolares. Mas é crucial que a prática pedagógica, a
troca de experiência, a voz dos professores sobre sua prática devem sempre
estar em evidência, pois isso constitui um momento rico de formação continuada,
é na ação diária da prática pedagógica que o sujeito se constitui como
professor, elaborando questões do cotidiano. Dessa forma, Libâneo contribui ao
afirmar que
a formação continuada é condição para a
aprendizagem permanente e o desenvolvimento pessoal, cultural e profissional. É
na escola, no contexto do trabalho, que os professores enfrentam e resolvem
problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam e recriam estratégias de
trabalhos e, com isso, vão promovendo mudanças pessoais e profissionais.
(LIBÂNEO, 2001 p.189)
É no ambiente da escola, na ação diária que o
professor aprende a lidar com as várias situações que se apresentam. Isso
constitui um espaço contínuo de aprendizagem e elementos de pesquisa para além
da formação continuada e sim uma formação permanente, o professor está em
contínuo processo de aprendizagem, por tratar-se de uma profissão
essencialmente humana. Nesse sentido Libâneo salienta que
uma formação permanente que se prolonga
por toda a vida, torna-se crucial numa profissão que lida com saberes e com a
formação humana, numa época em que se renovam os currículos, introduzem-se
novas tecnologias, modificam-se os comportamentos da infância e da juventude,
acentuam-se os problemas sociais e econômicos. (LIBÂNEO 2001 p 189)
A escola é um ambiente extremamente segmentado
e burocratizado, podemos verificar isso nos temas que aparecem com frequência
nas pautas das reuniões, e que de certa forma tornam-se os principais assuntos.
Vasconcellos (2006), diz que a reunião semanal pode transformar-se num momento
de reflexão, em que os professores podem partilhar de suas experiências e
angústias e também de seus sonhos. Esse momento, quando bem organizado e
elaborado pode contribuir também para a construção de projetos e para o estudo.
Nesse sentido Vasconcellos afirma que
esta atividade favorece a consolidação
de uma continuidade educativa (por possibilitar a superação de célebres
justaposições ou rupturas no processo de ensino), bem como a formação de uma autêntica
equipe de trabalho, dando maior coesão e interação, e não apenas o ajuntamento
de profissionais que, por mais brilhantes que sejam, se não desenvolverem esta
competência de trabalhar coletivamente, não garantem o processo emancipador.
(VASCONCELLOS, 2006 p 121)
Nessa ação de refletir coletiva e criticamente
a prática pedagógica que é possível discutir uma ação transformadora, observar
aspectos negativos e positivos e considerar elementos que podem ser agregados
no trabalho do professor. Dessa forma, Vasconcellos colabora ao dizer que
a reunião pedagógica é
um espaço privilegiado para resgate do saber de mediação do professor, qual
seja a mediação que o docente faz entre os saberes das ciências de referência
com as quais trabalha e os saberes pedagógicos (o saber do cotidiano da sala da
aula). Todavia, o saber do professor tem outra referência: sua prática
refletida, que vai além do modelo clássico Teoria/Prática, no qual o professor,
durante sua formação, aprenderia conceitos gerais e abstratos que trataria
depois de traduzir em práticas concretas. (VASCONCELLOS, 2006 p 123)
As reuniões pedagógicas são momentos de
aprendizagem, aprende-se pela ação do outro, na troca de experiência, no
processo de colocar sua ação docente em questão, suas dificuldades, pensar
coletivamente sobre que aspectos favorecem o processo de aprendizagem.
METODOLOGIA
Esse artigo foi elaborado a partir de uma pesquisa qualitativa,
caracterizada como estudo de caso, realizada por meio de observações em duas
escolas, uma municipal localizada em Tramandaí, que atende turmas de 1° até o 6° ano e a outra, uma escola estadual no
município de Osório, que oferece de 1° ano do ensino fundamental até o ensino
médio. Os dados coletados foram registrados num diário de campo para serem
confrontados com teóricos que tratam dessa temática. Os teóricos escolhidos
para a análise são Vasconcellos (2006) e Libaneo (2001). No decorrer do
trabalho foram observadas 15 horas na escola municipal e 21 horas de reuniões na
escola estadual, totalizando 36 horas observadas.
A escola estadual segue um cronograma realizado no início do ano
onde constam as datas das reuniões previstas para o decorrer do ano letivo, com
as respectivas temáticas a serem discutidas. Vale salientar que quando necessário
essas reuniões são mudadas de acordo com a necessidade, há uma regularidade nos
períodos das reuniões, que são de quinze em quinze dias aproximadamente e o
tempo de duração dessas reuniões é de 4 horas. Inicialmente as reuniões eram
apenas para as professoras dos anos iniciais e depois esses professores foram
encaminhados para a formação que acontece na escola com os professores do
ensino médio.
Na escola municipal as reuniões são marcadas de acordo com a
necessidade, sem aviso prévio, sendo divulgadas, às vezes, na semana em que vai
acontecer e são raríssimas as vezes em que são discutidos temas específicos de
ensino/aprendizagem, estabelecendo sua pauta em recados e a maneira como os
professores devem proceder com seus alunos nos assuntos referentes a disciplina.
RESULTADOS
Há certa distância entre a teoria e a realidade sobre a forma
como acontecem as reuniões pedagógicas nas escolas. As reuniões têm acontecido
de forma mecânica e compartimentada, demonstrando pouca preocupação com a
verdadeira essência da escola: o processo ensino-aprendizagem.
Essa realidade acarreta mais distâncias e rupturas no fazer
pedagógico no interior das escolas. São poucos ou inexistentes os momentos de
debate e reflexão, promovendo um histórico de alienação. Nesse sentido Vasconcellos
ressalta que
Sabemos que a fragmentação da vida e do saber fragiliza a
pessoa, e é uma estratégia da classe dominante para sua perpetuação. Um dos
macroprocessos que se instalou em nossa civilização é precisamente a divisão
social do trabalho: uns pensam, decidem e ficam com os resultados; outros
executam e recebem o mínimo para sobrevivência. (VASCONCELLOS, 2006 p 119)
Essa é uma divisão da sociedade, que a escola reproduz no seu
interior. O saber é fragmentado, as pessoas estão isoladas, o currículo é dado
a priori, desconsiderando o grupo de alunos e professores. A escola como espaço
de promoção do saber, precisa romper com esse processo que segmenta e
desagrega. As reuniões podem ser um bom momento para elaborar questões de
aprendizagem e currículo de forma reflexiva, a partir do conhecimento daqueles
que estão envolvidos nesse processo. Nesse sentido Libâneo corrobora dizendo
que
[...] nesse espaço é possível a criação e desenvolvimento
de novos comportamentos, novos habitus. Reaparece,
aí, a necessidade de as escolas cultivarem momentos de prática reflexiva, pois
dessa reflexão sobre a ação podem nascer mudanças na estrutura de relações
vigente na escola visando criar uma nova cultura organizacional. (LIBÂNEO 2001
p 195)
Ao ser questionado sobre a existência de um momento para debate
sobre a prática educativa a escola A responde que há, mas é um debate que fica
limitado as queixas das professoras sobre o comportamento dos alunos, havendo
pouca exposição do trabalho e partilha de saberes. A escola B respondeu que não
há nas reuniões esse espaço mas que sempre está aberta para ouvir os
professores, podendo realizar atividades para isso, e que no momento do
conselho de classe cada um tem tempo para suas exposições. Dessa forma Libâneo
diz que
a organização desse espaço implica a criação de lugares e
tempos que incentivem as trocas de experiências entre os professores e professores
e alunos, de modo a se implantar uma cultura colaborativa. Há um papel de
destaque nisso da direção e coordenação pedagógica da escola para apoiar e
sustentar esses espaços de reflexão, investigação, negociação e tomadas de
decisão colaborativa. (LIBÂNEO, 2001 p 196)
Quando
questionados sobre a existência de um momento para estudo dos professores nas
reuniões pedagógicas a escola A mencionou sempre levar um texto para discussão
e debate e a escola B disse nunca ter levado um tema para estudo nas reuniões.
Os dados
coletados nas escolas demonstraram uma visão fragmentada, um momento coletivo,
de importância para a educação, utilizado de forma equivocada, com temas que
desestimulam os professores, não acrescentam saber a sua ação e tampouco
colaboram para a produção da prática refletida, tornando uma constância no
processo educacional. Nesse sentido Vasconcellos ressalta que
os sujeitos vão sendo despertados para
uma nova consciência pela convivência reflexiva, e isso permite a cada um
assumir tarefas num nível cada vez mais profundo e crítico. Esta prática vai
minando a corrente de alienação e prepara um movimento maior de mudança. A
escola deve participar desse processo: uma nova estrutura, para favorecer a
reagregação do homem, deve permitir o encontro, a reflexão, a ação sobre a
realidade, numa práxis libertadora. (VASCONCELLOS, 2001 p 119)
A escola tem em seu poder grandes momentos para romper com
esses processos, que colaboram para promoção da alienação. Utilizar esses
momentos para tornar a prática refletida colabora para a promoção de uma prática
transformadora.
É necessário que as escolas se organizem de maneira que os
professores tenham mais espaços nas reuniões pedagógicas, que possam participar
delas como produtores, daquilo que é necessário para o fazer pedagógico e não
para apenas aquilo que é apontado como falha do professor nas instituições. É
evidente que o professor precisa estar em constante formação e que deve
procurar aperfeiçoar questões que lhes apresentam mais dificuldades.
Foi observado na escola A que existe um pouco mais de
preocupação com questões pedagógicas do que na outra, contudo, ainda assim essa
temática é deixada para o final, bem como o momento de planejamento, dando
prioridade para assuntos administrativos e recados que são passados no início
das reuniões. Sendo assim, os momentos restantes são divididos entre
planejamento, troca de experiências e questões de aprendizagem.
Na escola B os momentos das reuniões pedagógicas são
realizados com menos frequência e os assuntos dominantes nas reuniões são
questões administrativas, onde são passados recados e instruções de como os
professores devem organizar as turmas para que haja disciplina. Nessa escola
foi percebido um envolvimento menor com a temática ensino/aprendizagem, não
havendo nenhum momento de troca de saberes e experiências, sendo que os
professores dessa escola acabam realizando atividades que deveriam ser feitas
no coletivo de forma isolada.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Ainda será preciso
mais discussões e orientações sobre o tratamento das reuniões como espaço de
aprendizagem e troca de experiências, percebe-se que se têm um logo caminho a
ser percorrido, para que efetivem a prática pedagógica como protagonista do
sistema educacional.
Embora as discussões apontem para que esse seja um espaço
democrático e não fragmentado ainda se trata de um território hostil. Em algumas
situações por falta de envolvimento por parte dos professores, e em outras por
condução inadequada dos gestores. A questão que poderia romper com esses
processos existentes na escola, poderia ser uma mudança na postura dos
professores, levantando essas questões nas reuniões, propondo momentos de
interação com os outros professores e de troca de saberes e experiências.
Isso constituiria numa tomada de posição, em que o professor
sai de uma situação de acomodação para o envolvimento nessas questões referentes
à aprendizagem e a abertura de espaços, por parte dos gestores, para que os
professores possam se manifestar.
A grande questão é que estamos caminhando obrigatoriamente
para que esses momentos tenham como prioridade os encaminhamentos pedagógicos,
de maneira que nesse espaço possa haver trocas de experiências e estudos, e que
questões de salas de aulas, conflitos das relações pessoais dos envolvidos
nesse processo (alunos, professores, famílias e gestores) possam caminhar ao
encontro de soluções possíveis para as dificuldades vivenciadas no interior das
escolas.
REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos.
Organização e gestão da escola:
teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001.
VASCONCELLOS, Celso
dos Santos. Coordenação do trabalho
pedagógico: do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula.
São Paulo: Libertad Editora, 2006.
[1]
Graduanda do curso de Pedagogia/ CNEC - Osório/RS – FACOS
² Professora orientadora /CNEC – Osório/RS – FACOS.